quinta-feira, 12 de junho de 2008

*Fez a diferença ouvir a poesia de Lília Diniz no CCBB!*

(Texto escrito em 05 de Junho de 2008)
Não sei se tenho bom faro ou se a vida me prega algumas peças que ainda não consigo explicar.
De qualquer modo, vivo todas com muita alegria e gosto de partilhar minhas impressões com amigos, pois eu sou daqueles que acredita que "é mais fácil cultuar os mortos que os vivos". E por ter feito a opção de falar dos vivos...
Ontem fui ao Centro Cultural Banco do Brasil/Brasilia, a convite de um amigo que sabe da minha adimiração pela cantor maranhense Zeca Baleiro. Uma fila enorme repleta de poetas e estudantes que disputavam um ingresso para ouvir Zeca falar. A proposta do projeto é a audição da palavra, palavra cantada e falada. O Poeta Luis Turiba e a banda Origami abriram alas para Zeca falar de sua construçao poética, do seu olhar para o mundo e de outras questões colocadas na prosa da noite.
As perguntas filosóficas da também poeta Viviane Mosé(aquela da série Filosofia do fantástico) permeadas por peomas dela, deram uma qualidade ao evento, que é uma novidade na cidade de Brasilia.
Perguntas foram feitas pela platéia e por último, parecia coisa combinada, ela pede a palavra e começa a reclamar da falta de cuidado da organização do evento, que não garantiu conforto para o público presente. (uma boa parte das pessoas ficou por mais de duas horas em pé e impedida de ultrapassar uma faixa de contenção) Ela, que estava sentada no chão, transgredindo a ordem dos seguranças, apresentou-se como poeta maranhense dizendo: "Zeca meu nome é Lilia, sou poeta e por 11 anos circulei nesta cidade junto com alguns amigos, em bares, escolas e pra nós esse projeto é importante pela importância que a palavra ganha.Quero parabenizar a organizaçao do evento e dizer que nós, que gostamos e exercitamos a palavra, não nos importamos de sentar no chão, queremos..."
Sem concluir o racicíonio o povo que estava de pé aplaudiu sua fala e Zeca Baleiro, que ainda não conhecia sua conterrânea pediu: Lília, por favor, fale então um poema. Ela me disse depois que - " o sangue gelou, correu dos pés pra cabeça, tremi e quase tive um troço, só queria fazer uma reclamação e poema assim de supetão assusta". Mas eu que não vi isso, presencei foi mais um momento mágico de encontro com essa moça, e sei que pela empolgação da platéia foi certamente o melhor momento do evento, sem desmerecer a qualidade dos demais, fez diferença ouvir Lília Diniz cantando e falando de sua gente. Cantou duas cantigas e fez um poema, foi o suficiente para a platéia se emocionar e aplaudir demoradamenteg a baixinha que traz sempre um verso na ponta de língua.
E eu que outro dia vi Xangai se encantar pela força da poetisa, vi Zeca Baleiro cochichar com a filósofa e fazer gestos de aprovação pela perfomance de Lília. E vi ainda, uma platéia em silêncio funeral se comover com uma poesia simples e autêntica que arrebata esse coração de mineiro que trago aqui dentro de mim. É que ela, mesmo falando do Maranhao, me leva pra Guimarães Rosa, me faz lembrar o cheiro da terra molhada, do pé de jabuticada no quintal de minha avó, das mineirices de meu pai João Tenório... Agora devo varar a madrugada ouvindo Pena Branca e Xavantinho e espalhando umas pinceladas de tinta amarela na tela que me esperava a dias, o milharal agora sai!
Por Nicholas Berh, Luis Turiba, Menezes y Morais, Lília Diniz, Chacal, Rodrigo Bitencout, Mano Melo, Eliza Lucinda e tantos outros poetas ainda vivos no meio de nós, seria bom se a gente aprendesse cultuar os vivos, os bons poetas vivos!
*Lauro Soares*
Artista Plástico (em fase de reconstrução poética e humana)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Divulgação!!!

Marketing no blog

FÉRIAS E COMPANHIA, QUEM NÃO QUER?
APROVEITEM SUAS FÉRIAS E CONHEÇA O NOSSO PAÍS QUE É CHEIO DE MARAVILHAS.

Nos dias atuais, para que possamos administrar bem nosso tempo é necessário que planejemos nossas atividades. Um dos segredos para maximizá-lo e torná-lo o mais eficaz possível, é estabelecer parcerias com empresas de prestação de serviços especializados, nas mais diversas áreas que compõe as nossas necessidades. Vários benefícios podem ser contabilizados com parcerias como estas, entre outras, pode-se indicar a ampliação da relação custo / benefício. É lógico que este é um processo que precisa de um tempo para ser estabelecido já que é necessário que haja conhecimento entre as partes para que ele seja concretizado. Para tanto, lhe apresentamos nossa agência: A Férias & Cia é uma empresa dedicada a área de Turismo exportativo e receptivo em âmbito nacional e internacional, na venda de pacotes turísticos, reservas de hotéis, passagens aéreas e marítimas, turismo receptivo, organização e agenciamento de eventos. Fundada em junho de 1995, a Férias & Cia possui uma equipe enxuta, porém altamente treinada e constantemente reciclada, que proporciona ao cliente uma grande tranqüilidade na hora de obter informações e escolher o roteiro mais adequado em cada viagem. Nos seus 10 anos de existência, manteve contatos e acordos com as principais Operadoras de Turismo, como também com as principais redes hoteleiras e empresas aéreas do mundo. A Férias & Cia Tur está localizada no centro econômico desta capital. Próxima das principais agências bancárias e principalmente de você. Por sermos uma agência de pequeno porte, nosso atendimento é diferenciado. Uma vez que, podemos dedicar mais tempo as necessidades de nossos clientes, com pesquisas mais abrangentes possibilitando assim, ofertar-lhes melhores produtos por menores preços. Nosso horário de atendimento é de 2ª a 6ª feira, das 09:00 às 18:30hs. Temos certeza de que você faz muito bem o que faz. E nós também. Então, ligue e converse conosco pois teremos o maior prazer de atendê-lo. Porque aqui... UM MUNDO DE DESTINOS ESPERA POR VOCE! Férias & Cia e você, uma parceria de sucesso, clique no link e confira http://www.feriaseciatur.com.br/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sobre Lilia Diniz

Lilia Diniz é de um talento que dispensa comentários, quem já viu sabe do que estou falando, quem não viu ainda, vai demorar a ver porque ela agora mora no Maranhão e foi ser sucesso lá, tanto que agora ocupa um lugar na Academia Imperatrizense de Letras. Ocupando a cadeira que era de Edelvira Marques, grande estudiosa da história de Imperatriz.
Resolvi publicar o que escreveram sobre minha grande amiga porque talento como esse eu ainda estou para conhecer.
Igual acredito que seja impossível, mas vamos aguardar e ver o que acontece nos anais de nossa Cultura. Aproveitem!
Norma Moreno
Xangai enfeitiçado!

Não encontrei melhor termo para definir o que aconteceu dia 14 de fevereiro, no show do cantor e ícone da musica popular brasileira, Xangai. Além do repertório das canções por ele interpretadas, os convidados ilustres que nos presentearam com interpretações maravilhosas, uma surpresa inclusive para o próprio cantor, a presença da poeta, ou poetisa como ele disse preferir, a maranhense Lília Diniz.
Ela já é conhecida dos palcos de Brasília, dos cafés e saraus por trazer marcas originais de uma sertaneja nata, por cantar as quebradeiras de coco babaçu, as lavadeiras, a gente da roça, agora faz um retorno às suas origens, voltou ao Maranhão.
Lília Diniz é dessas figuras que chega como quem nada quer até abrir o baú de versos brejeiros. Já foi chamada “a patativa maranhense” pelo colunista do Correio Brasiliense José Carlos Vieira da coluna Fala Zé, ou ainda de “Cora Coralina do maranhão”, desta vez não deixou nada a desejar diante do anfitrião. Cantou, recitou e brincou à vontade com os convidados e com o cantador que se derreteu ao ouvir Lilia recitando “essência” e “Birra de muié” e cantarolar em louvor as quebradeiras, termo que ela mesma usa ao falar do seu trabalho.
O cantor Xangai, estrela da noite, convidou a poeta sem sequer conhecer o trabalho dela, haviam se falado no dia anterior ela o presenteou com o seu livro Miolo de Pote da Cacimba de Beber, trocaram algumas palavras e no dia seguinte lá estava ela. Segundo Lília Diniz, a generosidade do cantador ao abrir espaço pra ela foi um crédito aberto e que ela não mediu esforços pra fazer com muita responsabilidade seu oficio de poeta. Mas ela, no palco, parece não fazer esforços, pois sua poesia flui com naturalidade e leveza e força ao mesmo tempo. Força esta que encantou e levou às lagrimas muitos homens e mulheres presentes e também enfeitiçados pela “baixinha birrenta”.
Xangai ficou no palco, boquiaberto, tentou dedilhar pra acompanhar, mas se deixou seduzir pela performance, ria e olhava como se não acreditasse. Por fim relaxou e deixou a bola com ela, que mais uma vez mostrou a força da poesia e das “mulheres interiores do Brasil”.
Os elogios choveram em aplausos demorados, cumprimentos e abraços calorosos. Marcos que é funcionário público e disse acompanhar o trabalho da poeta em Brasília, não se conteve em lagrimas – “essa mulher é uma gigante quando abre os braços e a boca que jorra em versos arrebata a gente. É uma autentica brasileira.” Edgar que é professor disse que já havia ouvido falar de Lília, mas que “ela é muito mais do que alguém possa definir e é um perigo alguém entrar pra falar poesia depois dela. A gente ouve a outra pessoa com saudade dela” e ri chamando a poeta pra um abraço caloroso e demorado.
Como resultado de tudo, veio a coroação com um convite oficial da casa, que já recebeu nomes ilustres como: Dona Ivone Lara, Fernando Brant, Dércio Marques, Milton Nascimento e Francis Hime, para uma pauta no palco já consagrado em Brasília, pela boa comida e boa programação musical.


Lauro Soares
Artista plástico e apreciador dos cardápios do Feitiço Mineiro
soareslauros@gmail.com
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FEITIÇO MINEIRO
CLN 306, Bloco B, Lojas 45/51, Brasília-DFTelefone: (61) 3272-3032

quarta-feira, 12 de março de 2008

Homenagem às Mulheres

Sonho raça negra cor

Sonho com a liberdade do "ser humano"...
Com esperança caduca de quem vai criar filhos
E vê-los, um dia, cidadãos.
Com raça percorro meu caminho e pergunto:
O que realmente importa?
Lutar por um sonho com raça?
Lutar por mais humanidade?
Ou lutar por igualdade?

Sou mulher.
Sou negra.
E o que me importa é lutar com raça.
Com dignidade!
Com vivacidade e beleza.
Com orgulho de ser mais que raça...
Ser mais que negra...
O que me importa é ser feliz!
Isso me basta:
SER MULHER.

Norma Moreno

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Poesia no blog




Eu que tanto fui dançarina
Tanto tentei ser atriz
Muito mais fui poeta
Vali de meus sonhos e pedi licença
De licença eu descobri minha vocação:
Ser o que eu sempre quis ser EU MESMA!
Teci sonhos e desejos.
Agora eu estou de volta!
Muito mais feliz do que já era.


Norma Moreno